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DESENVOLVIMENTO DE UMA CRIANÇA NO PROCESSO DE INDIVIDUALIZAÇÃO.

Esse trabalho foi realizado para termino da minha pós em Psicanálise , o meu TCC. O objetivo geral deste trabalho é apresentar sobre o desenvolvimento de uma criança a nível de individualização. Ele explora a contribuição única de Jung para o nosso pensamento sobre o eu e sua dinâmica de individuação. O autor tenta mostrar como o Eu, em sua busca pela consciência, requer a rendição da inflação do ego, o narcisista reflete a ilusão de que o ego é o eu. Um caso é feito para ver a análise como um processo de individuação que oferece a oportunidade de experiências de um sentido mais autêntico de si mesmo. Jung afirmou que a individuação requer que o ego entre em serviço do Eu. Para que isso aconteça, o autor argumenta que tanto o paciente quanto o analista devem estar preparados para fazer sacrifícios e correr riscos. Palavra- chave: Infância. Desenvolvimento. Jung.

REFERENCIAS BEEBE, J.. Um modelo arquetípico do Eu em diálogo. Em Teoria e Psicologia, 12, 2,267, p80.2002. BION, W. . Aprendendo com a Experiência. Londres: Livros Básicos. --- (1977). Sete Servos. Jason Aronson. COLMAN, W. 'Modelos do eu'. Em Pensamento Junguiano no Mundo Moderno, eds. 2000). E. CHRISTOPHER & H. SOLOMON. Londres: Livros de Associação Livre. Dreifuss, G. (1977). 'Sacrifício em análise'. Revista de Psicologia Analítica, 22, 3.258, p67. EDINGER, E. (1972). Ego e Arquétipo. Lond

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A competência emocional é o domínio de pesquisa no qual este estudo, baseia-se. Busca-se demonstrar a discussão das preferências de personalidade como uma variável que influencia a competência emocional dos indivíduos. As preferências de personalidade são discutidos a partir da perspectiva paradigmática da Psicologia Analítica de Carl Jung. Ao discutir a teoria da personalidade de Carl Jung (1921, 1959, 1971, 1990) e o Tipo de Personalidade MBTI teoria de Myers e Briggs (Myers, 1987), busca-se organizar observações pesquisa teórica, fornecendo algum tipo de estrutura subjacente para classificar e descrever o comportamento individual.

O objetivo é determinar o que aspectos da personalidade permitem que certos indivíduos sejam mais competentes emocionalmente do que outros. Jung (1921, 1959, 1971, 1990) refere-se à personalidade total como a mente ou psique. A psique é vista como uma rede complexa de sistemas interagindo uns com os outros.

A energia psíquica flui continuamente de um sistema para outro, em um esforço constante para harmonia. Três sistemas interdependentes primários da psique são diferenciados, estes são: o saber, o consciente, o inconsciente pessoal e o coletivo. A personalidade humana ou psique é dividida nesses três sistemas. De acordo com Jung (1971, 1990), o primeiro sistema da personalidade humana ou psique é a consciência pessoal da qual o ego e a persona fazem parte.

O ego é o centro da consciência, mas não o núcleo da personalidade. O ego é o que os humanos se referem quando usam a palavra “eu”, e a persona é a máscara ou papel que uma pessoa adota no mundo exterior, aquele que a sociedade dita. O ego não faz parte da personalidade, mas deve ser completado pelo eu, mais abrangente, que é o centro da personalidade que é em grande parte inconsciente. Em um estado psicologicamente saudável, a pessoa, o ego assume uma posição secundária em relação ao self inconsciente (Jung, 1921,1959). Assim, a consciência desempenha um papel relativamente menor na psicologia analítica, e uma ênfase excessiva na expansão da psique consciente pode levar ao desequilíbrio psicológico. Indivíduos saudáveis ​​estão em contato consigo mesmos e com o mundo exterior, eles reconhecem sua persona e se permitem experimentar o seu eu inconsciente para alcançar a individuação (Feist & Feist, 2002; Jung, 1971). Embora a persona seja um lado necessário da personalidade humana, as pessoas não devem confundir sua face pública com seu eu completo. Se as pessoas se identificarem com sua persona, eles perdem o contato com seu eu interior e permanecem dependentes das expectativas da sociedade sobre eles.

Para se tornarem psicologicamente saudáveis, as pessoas devem encontrar um equilíbrio entre as demandas da sociedade e o que elas realmente são. (Feist & Feist, 2002; Jung, 1971, 1976).

O objetivo geral deste trabalho é apresentar sobre o desenvolvimento de uma criança. Ele explora a contribuição única de Jung para o nosso pensamento sobre o eu e sua dinâmica de individuação. A metodologia que será apresentada neste trabalho terá abordagem qualitativa de caráter descrito, visando fundamentar teoricamente sobre do tema. Através da pesquisa qualitativa tem o objetivo de entender o comportamento das pessoas, suas opiniões, seus conhecimentos, suas atitudes, suas crenças, seus medos. Está relacionada com o significado que as pessoas atribuem às experiências do mundo e com o modo como entendem o mundo que vivemos (PRODANOV; FREITAS, 2013).

As pesquisas descritivas tem como objetivo primordial a descrição das características de determinada população ou fenômeno ou, então, o estabelecimento de relações entre variáveis. São inúmeros os estudos que podem ser classificados sob este título e uma de suas características mais significativas está na utilização de técnicas padronizadas de coleta de dados, tais como o questionário e a observação sistemática (GIL, 2008).

As bibliografias, ou repertórios bibliográficos, são publicações que se especializam em fazer levantamentos sistemáticos de todos os documentos publicados e determinadas áreas de estudo ou pesquisa. Através deles é possível ao pesquisador estudar a literatura especializada de sua área, tanto as publicações de livros como as de artigos e revistas. Este estudo tem como base a pesquisa exploratória, pois segundo Mascarenhas (2013, p. 24) a “investigação exploratória é realizada em área na qual há pouco conhecimento acumulado e sistematizado’’. Irá recorrer-se a pesquisa bibliográfica utilizando de publicações que se especializam em fazer levantamentos sistemáticos de todos os documentos publicados e determinadas áreas de estudo ou pesquisa. Através deles é possível ao pesquisador estudar a literatura especializada de sua área, tanto as publicações de livros como as de artigos científicos e revistas. Será feita a utilização de fontes como livros, teses, dissertações e artigos científicos publicados, periódicos, publicações em revistas e páginas da web, visando fundamentar teoricamente o estudo.

CAPITULO 1. EU.

Na tradição psicanalítica, self é um subproduto do desenvolvimento do ego. Em contraste, para Jung o Eu é primário e é o ego que se desenvolve a partir dele. O Eu mantém seu mistério. Nós nunca podemos conhecê-lo completamente ou abraçá-lo porque dependemos do ego relativamente inferior para percebê-lo. Talvez isso diverge na apreensão, levou a entendimentos muito diferentes do “eu” glorioso.

A Psicologia analítica enxerga o Eu como muitas coisas, incluindo psíquico na estrutura do processo de desenvolvimento, postulado de forma transcendental na experiência afetiva e arquétipo. Tem sido retratada como a totalidade do corpo e da mente, a imagem de Deus, a experiência de sentimentos avassaladores, na união de opostos e uma força dinâmica que pilota o indivíduo em sua jornada pela vida. Esta última ideia é quintessencialmente junguiana, pois mesmo que psicanalistas como Symington (1993) e Kohut (1971) tenham falado sobre o eu de forma semelhante, a psicanálise ainda se vê em grande parte como uma estrutura dentro da mente, semelhante a uma representação de objeto, e não como uma agência.

Colman (2000) enfatiza o valor de pensar sobre o eu como um processo da psique em vez de uma coisa. Nesse sentido, ele a retrata como uma agência e não como uma estrutura psíquica com conteúdo.

CAPITULO 2. INDIVIDUAÇÃO.

A individuação descreve como a agência funciona. Jung viu isso como o processo de auto-realização, a descoberta e experiência de significado e propósito na vida; os meios pelos quais, se encontra e se torna quem realmente é. Depende da interação e síntese de opostos, por exemplo, conscientes e inconsciente, pessoal e coletivo, psique e soma, vida divina e humana e a morte.

Pode-se verificar a análise como um processo de individuação. Ele não só fomenta, mas também acelera a individuação e cria condições na relação entre paciente e analista que, oferecem a possibilidade de experiências rarefeitos de transformação interna que de outra forma pode não acontecer.

Alguns argumentam que a relação analítica é inventada e irreal em contraste com relações mais abrangentes 'reais’ como análise externa. No entanto, como Stephen Mitchell (1993) acredita que é o que, as dimensões irreais da situação analítica muitas vezes servem para tornar possível uma experiência muito mais real, pessoalmente mais arriscada, mais profunda do que é possível na vida real.

Isso porque a situação analítica permite que ambos participantes para participar em uma busca pela verdade; para expressar e experimentar de maneiras que muitas vezes são proibidas pelos compromissos feitos no serviço de aceitação social em relações não analíticas.

Nesse sentido, a análise da situação é mais real, tanto para analista e paciente, do que não-analítica das relações, que é, naturalmente, também importante encontrar uma maneira de integrar as experiências de si mesmo, realizadas na relação analítica, nas realidades devida comum. O conceito de individuação é a pedra angular da psicologia de Jung. Vale a pena rever algumas das características salientes de seu pensamento, que serão demonstrados nos próximos tópicos.

2.1. COLETIVO E PESSOAL.

Jung (1935) ressaltou que, a individuação requer a integração de elementos coletivos e pessoais. A condição neurótica é aquela em que o coletivo está negado, o psicótico, pode ser evidenciado quando o pessoal é negado e inflação arquetípica pode sobrecarregar o ego.

Se alguém está mais preocupado com seus próprios assuntos pessoais e o seu status, demonstra-se que, ele está em perigo de se tornar muito identificado com sua persona, por exemplo, o professor da escola que é didático em casa, ou o analista que nunca para de analisar.

Viver uma vida tão piscada, focada em metas míopes e egocêntricas, nega o valor da coletividade. Isso pode levar a uma alienação narcisista de um sentido mais profundo de si mesmo e do lugar de alguém na sociedade.

Na psicose, há uma absorção pelo coletivo, onde o fascínio com o mundo interno e seus processos podem levar a uma perda subsequente de interesse no mundo pessoal externo de relacionamentos e trabalho.

Como Jung diz:

“O objetivo da individuação é nada menos do que se desfazer do eu das embalagens falsas da persona por um lado, e o poder sugestivo de imagens primordiais em o outro” (Jung 1935, p. 269).

2.2. DUAS METADES DA VIDA.

Fordham (1985) descreveu como a individuação começa na infância, mas Jung a viu predominantemente como um desenvolvimento na segunda metade da vida. No primeiro semestre, trata-se de expandir o ego e a adaptação as normas coletivas, como a construção de status social pessoal.

A segunda metade da vida está preocupada em chegar a um acordo com a morte, encontrar sentido na vida, e a parte única que cada um dos indivíduos desempenha no mundo.

É nas vicissitudes da negociação do processo de individuação que Jung viu as principais causas da neurose.

No jovem, a neurose vem do medo de se envolver com a vida; no velho ele vem da forma de se apegar a uma atitude jovem ultrapassada e encolher de volta da morte.

2.3.RELAÇÃO

O eu é relacional. A individuação depende das relações com os outros. Jung chegou ao ponto de dizer: O eu é a relação. . . .

O eu só existe na medida em que você aparece. Não é o que você é, mas o que você faz é o eu. O eu aparece em seus atos e os atos sempre significam a demonstração desta relação. (Jung 1935-39, p. 73). No entanto, em sua autobiografia, Jung (1961) nos apresenta um enigma quando ele também afirma que o objetivo da individuação é o desprendimento dos emocionais. Dessa forma, as relações emocionais ele define como amarrado, porque, são relações de desejo com expectativas dos outros.

Ele recomenda que, a fim de alcançar a objetividade e autoestima, é preciso retirar as projeções inerentes aos laços emocionais com os outros.

Nesta luz, a análise pode ser vista como o jogo fora de relações emocionais entre analista e paciente com o objetivo de facilitar a reintrojeção de projeções na resolução da transferência/contratransferência. Jung explica isso, quando ele descreve o fenômeno de transferência como, sem dúvida, uma das síndromes mais importantes no processo de individuação.

2.4. ESTADO OU PROCESSO?.

Outra área de confusão é se Jung considerou individuação para ser um estado, capaz de ser alcançado, ou um processo em andamento.

Em Memórias, Sonhos, Reflexões no qual, Jung (1961) declarou que encontrar a mandala, como expressão do eu, era para ele alcançar o máximo.Fordham (1985) oferece reflexões interessantes sobre este 'ultimate' que ele vê como representação de um estado em que não há passado nem futuro.

Semelhante a Bion''s 'O' (1977), que retrata que, nenhum desejo, existe sem memória, sem pensamentos, sem imagens, mas fora dele, pode ser gerada transformação todos podendo deixar de existir.Jung (1961, p. 276) também se refere criteriosamente à "conclusão” de sua própria individuação. A objetividade que ele experimentou em um sonho sobre sua esposa após sua morte, ele descreveu como parte de um ‘ion individuat completo'.No entanto, Jung percebeu a auto-realização como algo diferente do místico oriental de ideias para alcançar a Nirvana ou Samadhi- um estado de perfeição alcançado por iogues. De acordo (Jung 1939 p. 520). A "consciência universal" de tais místicos descrevem, como equivalente à inconsciência, onde o inconsciente engoli o ego-consciência. Ele afirma que a "consciência universal” é uma contradição em termos, uma vez que a exclusão e a discriminação estão na raiz de tudo o que afirma-se, o nome 'consciousness'.Jung admite que os iogues podem alcançar um notável estado de extensão da consciência onde sujeito e objeto são quase completamente idênticos. No entanto, ele também argumenta que a individuação é um processo ativo em andamento e não um estado estático quando ele proclama:Consciência deve defender sua razão e proteger-se, e tratando-se da vida caótica do inconsciente, deve ser dada a chance de ter o seu caminho, não tanto dele como nós podemos ficar em pé. Isso significa conflito aberto e colaboração aberta de uma só vez. (Jung 1935-39, p. 288).Pode-se constatar que, a individuação deve ser vista, como um processo que nunca é totalmente completo. Assim fica uma informação: Como alguém pode gerar experiências, que se sentem, momentaneamente, como se tivesse sido alcançado a sua individualização.

CAPITULO 3. A PREVÂLENCIA DA INDICIDUAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO DA INFÂNCIA.

Isso nos leva a questionar a quão difundida é a individuação. É isso? universal e comum ou uma vocação aristocrática para a elite? Claro, isso depende do que queremos dizer com isso. Jung chama a individuação de um inconsciente processo espontâneo natural, mas também relativamente raro, “algo experimentado apenas por aqueles que passaram pelo cansativo, mas... indispensável negócio de chegar a um acordo com os componentes inconscientes da personalidade” (1954, p. 430)

Ele também opinou que é um fenômeno limítrofe que precisa de condições especiais a fim de se tornar consciente. Este é um tipo diferente de individuação do descrito por Fordham.

Michael Fordham, talvez mais do que quaisquer outros pós Jungian, contribuiu para nossa compreensão da individuação como um processo que começa na infância e não apenas na segunda metade da vida. A teoria de campo do eu de Fordham (1946) que descreve o Eu como uma integração primária que, se desenvolve através do processo de desintegração e reintegração ao longo de toda a vida, no qual pode ser constado de forma muito útil para nossa compreensão do processo normal de maturação .Ele afirma que este processo básico subjacente de individuação é idêntico na infância, adolescência e idade adulta (Fordham 1985).

No entanto, Jung também estava falando sobre algo diferente do desenvolvimento normal do cotidiano do ego e do eu. Ele discorreu:

“Não há evolução linear; há apenas circunambulação do eu, no qual é uniforme ao desenvolvimento que, existe, no máximo, apenas no início; mais tarde tudo aponta para o centro”.(Jung 1961, p. 188).

Esta é uma distinção importante. A individuação requer o desenvolvimento do ego, mas não é sinônimo dele. Embora o processo de desintegração e a reintegração ocorre ao longo da vida, pode-se constatar que há uma diferença funcional no processo subjacente de individuação na vida posterior em oposição à infância. Jung estava tentando enfatizar a diferença entre o desenvolvimento precoce, que preocupa-se principalmente com o estabelecimento do ego, e posteriormente a individuação que envolve a rendição do domínio do ego. Jung reclamou que o processo de individuação é muitas vezes confundido com a vinda do ego em consciência com a identificação subsequente do ego com o Eu:

“Individuação é então nada além de ego-centredness e autoerticismo” (Jung 1954, para. 432)

.A individuação requer que o ego entre em serviço do Eu para facilitar a sua expressão e realização. Samuels (1985, p. 111) tenta simplificar as questões propondo uma classificação tripartite de individuação como:

1) um processo natural que ocorre ao longo da vida,

2) um processo natural que ocorre na segunda metade da vida;

3) uma função do processo analítico.

No entanto, questiona-se se ele considera outros processos de auto-desenvolvimento como certas práticas religiosas como parte desta formulação. Jung tem sido criticado por uma visão otimista sobre o eu e pela individuação. Alguns, como Guggenbuhl-Craig (1980), protestaram que a visão de Jung é muito saudável e positiva, não reconhecendo as falhas do eu.

3.1. ANTI-INDIVIDUAÇÃO

O trabalho clínico nos lembra que o Auto nem sempre é experimentado como benigno e positivo. Pode ser gerado por auto-regulação, mas também pode ser experimentado como muito destrutivo.

O ego precisa ser suficientemente forte, para suportar a conscientização de aspectos do inconsciente, que é a maior parte do eu. A força do ego depende do sucesso da mãe e do bebê na criação de um ambiente facilitador para gerenciar ansiedades, entregar fantasias onipotentes, formar símbolos, estabelecer, lamentar e reparar relações com objetos.

Podemos nos encontrar com aqueles cujo ego foi incapaz de gerenciar com sucesso desse surgimento de si mesmo. Nestes casos, a individuação tornou-se distorcida ou presa. Se houver um déficit ambiental ou constitucional, o eu primário pode sentir-se sob ataque de fora e de dentro. Defesas do eu podem ser mobilizadas, o que pode levar à falsa organização narcisista

. Aqui somos confrontados com o que David Hewison (2003) fala como forças anti-individuação. Em vez da formação e nutrição das relações, a força vital da individuação, vê-se, como um recuo psíquico em onipotência infantil. É necessário, então, que o trabalho analítico seja focado na criação de condições pelas quais, o ego pode ser apoiado e facilitado em seu desenvolvimento.

3.2.AUTO E EGO

Pode-se discorrer que, seja útil na minha prática clínica pensar no trabalho como simbólico da luta entre o Eu e o ego e ver a tarefa de forma engajada com essa batalha individuação/anti-individuação de opostos.

O ego, tanto do analista quanto do paciente, age como se quisesse permanecer no controle, para expandir e se promover em detrimento de outros aspectos da personalidade. Tem uma qualidade que parece fabricada ou feita pelo homem.

O Eu, por outro lado, parece uma força da natureza; parece ter uma visão mais ampla, uma perspectiva que o ego não consegue entender e está a serviço de uma verdade maior.

3.3.SACRIFÍCIO

Um aspecto vital da individuação, que buca-se enfatizar aqui, é o do sacrifício. Há sacrifício e perda inerentes a todas as etapas do desenvolvimento individual. Jung (1942a) viu o ego a serviço do Eu, tem o seu representante na Terra.

O Eu foi chamado de Grande Personalidade, em última análise incognoscível, ligado a um senso universal de unidade cósmica, que não é surpreendentemente, de forma de relaciona-se a ela como a imagem de Deus dentro de nós. Ele foi além e descreveu a auto-realização, como visto em termos religiosos ou metafísicos, como montante da encarnação de Deus.

Jung discorreu sobre Deus, em termos psicológicos, como um arquétipo, na medida em que tem que, haver algo na psique que ressoa com as múltiplas imagens de Deus ao longo da história. No entanto, ele se qualifica dizendo:

Psicologia. . . não está em posição de fazer declarações metafísicas. Ele só pode estabelecer que o simbolismo da integralidade psíquica coincide com a imagem de Deus, mas nunca pode provar que a imagem de Deus é o próprio Deus, ou que o eu toma o lugar de Deus. (Jung 1951, p. 308).

Jung (1931) afirma que, muitas vezes confundimos o ego com o Eu por causa disso o, viés que nos faz viver do ego, é um viés que vem da supervalorização da mente consciente. O ego tem que sofrer para permitir que o Eu se expresse. Jung vê o mito do herói trabalhando em quase todos os processos de individuação. Ele admite que: A individuação é uma tarefa heroica e muitas vezes trágica, a mais difícil de todas, envolve sofrimento, uma paixão do ego: o homem empírico comum que já fomos é sobrecarregado com o destino de perder-se em uma dimensão maior e ser roubado de sua fantasia da liberdade de vontade. Ele sofre, por assim dizer, da violência feita a ele pelo eu. (Jung 1942 p. 233) Ele acrescenta:

“A natureza humana tem um temor invencível de se tornar mais consciente de si mesma. Que no entanto, nos leva a isso é o eu, que exige sacrifício sacrificando-se para nós” (Jung 1942, p. 400). Pode-se constatar que, a individuação poderia, portanto, ser entendida como o impulso do Eu à consciência.

3.4. AUTO- SACRIFÍCIO.

Depois de muita busca na alma, Jung declarou:

O que eu sacrifico é a minha própria reivindicação egoísta, e fazendo isso eu me desisto. Cada sacrifício é, portanto, em maior ou menor grau, um auto-sacrifício eu posso ter certeza em desistindo da minha própria reivindicação egoísta, eu desafiarei minha personalidade do ego para se revoltar. Eu posso também certifique-se de que o poder que suprime esta afirmação, e assim me suprime, deve ser o eu. ((Jung 1942. 397)

Aqui ele está falando de duas partes de nós mesmos. O primeiro é o eu familiar (onde o sentimento onde o ‘Eu' está localizado) que Jung chama nossa personalidade de ego que narcisistamente deseja possuir, controlar e expandir.

O segundo é um Eu maior que nos permite saber que existe, lembrando-nos que estamos sendo muito egocêntricos e não relacionados com os outros Jung tem o cuidado de distinguir esse conceito do superego de Freud:

“Enquanto o eu estiver inconsciente, corresponde ao superego de Freud e é uma fonte de conflito moral perpétuo. Se, no entanto, ele é retirado da projeção e não é mais idêntico à opinião pública, então é verdadeiramente o próprio sim e não” (Jung 1942 p. 396).

Nesta formulação, a autoaceitação toma o lugar do ego ideal e o super ego crítico é eclipsado pela ‘voz do Eu’ agindo como advogado. Essa personalidade maior exige que, coibimos nossos desejos e não vivamos em uma vida governada apenas pelos objetivos narcisistas do ego. Se formos capazes de fazer isso, ganhamos um maior senso de si mesmo.

Jung continuou: “ È o eu que me faz fazer o sacrifício... O eu é o sacrificador, e eu sou o dom sacrificado. A partir desse sacrifício ganhamos “nosso eu" pois só temos o que damos” (Jung 1942 p.397 & 398).

Como diz Marie-Louise von Franz:A grande importância do sacrifício torna-se, assim, clara: é a possibilidade de o ego experimentar a presença avassaladora e a realidade do eu(1970, p. 284).

A individuação pode ser considerada como um desafio à fixação narcisista. Ou escolhemos deixar o Auto nos guiar ou negamos e, ao fazê-lo, recorrer a uma estratégia defensiva narcisista/autista. Nesse sentido, a individuação é sobre o amor. Kernberg (1975) descreve como um aumento do investimento libidinal em si mesmo é necessário para um aumento da capacidade de amar.

Esta é outra maneira de dizer que precisamos nos amar antes de podermos amar os outros.

3.5.SOFRIMENTO

Inerente ao sacrifício é o sofrimento. Quanto mais valorizamos algo, mais sofrimento há em desistir.

Analistas e psicoterapeutas às vezes são considerados masoquistas.

Pode-se questionar sobre o que me motiva a passar ano após ano com pessoas infelizes que muitas vezes precisam me fazer sentir mal como um meio direto de comunicar sua angústia.

De acordo com Proner 2002, p. 390). quando ele diz que o analista: leva uma vida profissional de privação e auto-negação, em certo sentido (2002, p. 390).

Ele continua dizendo que também é profundamente enriquecedor e gratificante. Gostaria de acrescentar que uma das coisas que tornam a análise tão gratificante é o potencial de autodesenvolvimento que vem dessa aparente auto-negação.

Alguns dos sacrifícios que fazem como analistas e terapeutas se manifestam, por exemplo, em termos de tempo, dinheiro, restrições em feriados, viagens etc.

Outros sacrifícios são menos evidente, por exemplo, os muitos custos pessoais envolvidos em fazer um compromisso de longo prazo com alguém, abstinência, reter alguns de nossos pensamentos e sentimentos, abstendo-se do desejo impulsivo de reagir, tendo dor,ansiedade e tédio.

Também arriscamos nossa saúde física e bem-estar mental quando entramos em análise com nossos pacientes. Doenças mentais podem ser contagiosas e muitas vezes nos expõem à infecção. A contribuição de Meltzer (1967) é perturbadora. Ele aconselha que para que a psicanálise seja bem feita, deve doer e deve ser feito sob grande pressão, aproximando-se do limite do analista.

A posição de Jung vai ainda mais longe. Ele advogou a análise como um processo dialético onde o analista está tão em análise quanto o paciente e que ele pode esperar por nenhuma mudança no paciente a menos que ele também esteja preparado para a transformação. No entanto, não tenho a visão de que o paciente só pode se desenvolver na medida em que o analista tem. Assim como alguns alunos superam seus professores, assim as análises podem eclipsar o auto-desenvolvimento de seus analistas.

3.6 Sacrifício arquetípico e inflação do ego

Sacrifício, que ocorre em resposta a uma demanda do Eu, Dreifuss (1977) chama de "sacrifício arquetípico". Baseando-se em suas ideias, seria de que, em relação à individuação, a primeira metade da vida parece mais envolvida com o estabelecimento da dependência e posterior renúncia de tendências regressivas em relação à mãe, enquanto a segunda metade está mais preocupada com o sacrifício da inflação de ego.

O sacrifício da inflação do ego é central para o pensamento de Jung sobre a individuação.

Na terminologia de Kohut (1977), seu “eu grandioso” é equivalente a este ego inflado.

Edinger (1972) afirma que nascemos em um estado de inflação onde o ego é identificado com o eu. A exposição à realidade leva ao crescimento do ego e à separação. Experiências repetidas de alienação e separação ego-Self continuam na vida adulta. Ao mesmo tempo, também temos experiências recorrentes de reencontro entre Self e ego, a fim de manter a integridade da personalidade.

Se esse mecanismo falhar e o ego for incapaz de gerenciar o surgimento do Eu, então o elo vital entre o ego e o Self sofre. Essa alienação das profundezas de nós mesmos, e, portanto, do nosso senso de si mesmo, abre caminho para a doença narcisista.

Edinger argumenta que esse processo de separação ego-Self e ego-Self não é linear, mas continua em um ciclo alternado ao longo da vida. No entanto, ele também afirma que, na primeira metade da vida o ciclo é experimentado como uma alternância entre inflação e alienação.

Mas mais tarde, após a meia-idade, um terceiro estado aparece quando o eixo ego-Self atinge a consciência que é caracterizada por uma relação dialética consciente entre o ego e o Eu. Este é o estado que ele chama de individuação.

3.7. MEIA VIDA

Essa noção de coisas acontecendo na primeira ou segunda metade da vida parece muito limpa. O desenvolvimento psíquico é um processo paralelo de fenômenos de fase e campo. O ego e o desenvolvimento libidinal têm um aspecto linear e prosseguem através de etapas, mas ao mesmo tempo há uma oscilação entre, dependendo do paradigma que você prefere: ego-Auto separação e ego-Self (Edinger 1972), desintegração e reintegração (Fordham 1985), posições esquizoides e depressivas paranoicas (Klein 1946) ou sexualidade genital e pré-genital (Freud 1905) ao longo da vida.

No entanto, Jung via a meia-idade como um fulcro crítico digno de atenção especial. Curiosamente, Meltzer está de acordo quando afirma que, a maioria dos adultos continua a ter uma estrutura de personalidade adolescente até a crise da meia-idade, quando uma luta por maior integração começa ou um retorno à rigidez do período de latência. (1967, p. 11).

3.8. A SOMBRA DO SACRIFÍSIO.

Jung nos lembra que .. . . “não há energia a menos que haja uma tensão de opostos” (Jung 1917, para. 78).

Segue-se que deve haver um lado sombrio para sacrificar. Dreifuss (1977) nos lembra que existem aqueles agarrados pelo arquétipo e sempre prontos para desistir, para sacrificar repetidamente e, ao fazê-lo, ficar preso em uma identificação com a vítima sacrificada ou sacrificar o herói.

Isso pode assumir a forma de uma ampla gama de sintomas patológicos, desde automutilação e distúrbios alimentares até o suicídio, o lado máximo da sombra do auto-sacrifício.

Neste sentido, observa-se a violência do Eu.

Lucy Huskinson (2002), em um artigo muito interessante, retrata o Eu como um Outro violento. Ela interpreta a violência do Eu como maligna, se ocorre em relação a um ego fraco que se tornou inflado e identificado com o Eu, ou benigno quando a violência não erradica todo o ego-consciência, mas inicia os processos criativos vitais da individuação. Um ego inflado identificado com o Self nega a integração consciente da sombra e impede a experiência do Eu como o Outro. Jung nos informa que “O processo de individuação é invariavelmente iniciado por o paciente está ficando consciente de sua sombra” (1942a, p. 292).

A integração da sombra requer o sacrifício da inflação do ego que, paradoxalmente, fortalece o ego e se equipa melhor para a tarefa de gerenciar o surgimento de aspectos do Eu.

Outra característica importante da análise como o processo de individuação, que exige sacrifício, é o impasse. A batalha individuação/anti-individuação de opostos em análise pode muitas vezes levar a um impasse onde o progresso parece impossível. A tensão desta oposição pode evocar a função transcendente, que pode-se descobrir que requer riscos a serem tomados e sacrifícios feitos para que a análise avance.

3.9. A COMUNICAÇÃO INCONSCIENTE E A FUNÇÃO TRANSCENDENTE

Jung é generoso em seu apoio à tomada de risco. Em the Prática de Psicoterapia ele afirma:

Não só dou ao paciente a oportunidade de encontrar associações aos seus sonhos, como me dou a mesma oportunidade. Além disso, apresento-lhe minhas ideias e opiniões. Se, ao fazê-lo, abro a porta para a 'sugestão’, não vejo ocasião para arrependimento; pois é sabido que somos suscetíveis apenas às sugestões com as quais já estamos de acordo.

Nenhum dano é feito se de vez em quando se desvia nesta leitura de enigma: mais cedo ou mais tarde a psique rejeitará o erro, assim como o organismo rejeita um corpo estranho. (1931, para. 95)

Aqui, eu acho que ele exagera seu caso, pois é preciso ter cautela e contenção em oferecer o que vem à mente. Não se defende o abandono da técnica testada e testada, mas proponho que encontrar-se na análise exige correr riscos e fazer sacrifícios.

Jung ressalta como é importante respeitar a individualidade única de cada pessoa. Um tamanho não se encaixa em todos, e cada paciente exige que não apenas forneçamos uma estrutura analítica estável e confiável, mas também sejamos e ajamos exclusivamente em seu nome.

3.10 .OS MULTIPLOS EUS

É possível encontrar-se na análise? Afinal, em qualquer momento, só podemos reconhecer partes de si mesmo, porque o eu é apenas parcialmente capaz de ser percebido na consciência, pois sua totalidade inclui o que é inconsciente e, portanto, desconhecido.

O eu raramente é, se nunca, experimentado como um todo unificado, mas sim se mostra na forma do que Joe Redfearn (1985) chama de subpessoas como adulto, pai, filho, herói e vítima. Essa ideia de que a psique é policêntrica com diferentes centros de agência e identidade capazes de entrar em relações significativas entre si está no centro da noção de um eu dialógico (Beebe 2002). Tem suas raízes no sufismo e nos escritos de Homero (Parkes 1994), mas foi exposto por muitos, incluindo William James (1890); Jung (1954) e Masud Khan (1989). Redfearn (1985.) propõe que o objetivo da análise é facilitar a interação e a inter-comunicação entre nós mesmos.

Encontrar um eu em análise pode então parecer uma tarefa impossível. Onde está o núcleo do eu se o eu não existe isoladamente? O ego de Freudé, antes de tudo, um ego corporal, mas as experiências do corpo só se tornam compreendidas através das relações sociais e, posteriormente, linguísticas com os outros.

É mais útil pensar no eu como múltiplo e descontínuo ou núcleo e contínuo? Iris Murdoch (1973) em seu romance The Black Prince lindamente descreve nossa luta com continuidade:

A divisão de um dia a partir do outro deve ser uma das peculiaridades mais profundas de vida neste planeta. É, no geral, um acordo misericordioso. Não estamos condenados a voos sustentados de ser, mas somos constantemente revigorados por pequenos feriados de nós mesmos. Somos criaturas intermitentes, sempre caindo para pequenos fins e subindo para novos pequenos começos. Nossa consciência em breve está metida em capítulos, e que o mundo será bem diferente amanhã é, tanto para nosso conforto quanto para nosso desconforto, geralmente verdadeiro. (p. 231)

Há valor no uso de termos temporais e não espaciais. Se o eu s se move no tempo em vez de espaço, então ele não tem centro fixo ou núcleo. Metáforas espaciais nos ajudam a capturar um senso de si mesmo em um determinado momento. Herman Hesse (1923) usa a imagem do rio para simbolizar poeticamente o eu em seu livro Siddharta. Um movimento instantâneo do rio a qualquer momento pode retransmitir algo de um senso de si naquele momento, mas qualquer esforço para encontrar o centro ou o núcleo do rio se estiver fadado ao fracasso. O eu, é como o rio, está em fluxo contínuo.

Pode-se pensar em um senso de si mesmo em relação às experiências de autenticidade e inautenticidade, o que nos liberta da metáfora espacial de uma maneira que falar sobre um eu 'verdadeiro’ ou ‘falso’ ou ‘real' ou 'núcleo ' não.

No entanto, o que parece autêntico e verdadeiro consigo mesmo em uma ocasião pode parecer muito inautêntico em outra. É preciso ter uma noção de experiência ao longo do tempo e não, pode-se constatar que por experiências anteriores de si mesmos sejam mais fundamentais ou verdadeiras do que versões posteriores. O eu é intrapsíquico e interpessoal em movimento contínuo. Como Mitchell (1993) esclarece:

“A autenticidade reflete o uso da interpenetração de internos e externos para representar e expressar-me; inautenticidade reflete o uso da interpenetração de interno e externo para criar e gerenciar impressões de mim em outros” (p. 138)

Ele, corretamente identifica a questão central na análise como quão significativa e autêntica é a experiência e expressão de uma pessoa de si mesma? O que é fundamental para o processo analítico é a superação do sentido que é preciso escolher entre ser você mesmo no uso dos outros ou trair-se na adaptação aos outros.

A análise poderia então ser vista como uma luta para encontrar e ser ela mesma no processo de expiação e reconciliação em relação aos outros e a si mesmo, tanto os outros reais quanto os outros como presenças internas.

Tornar-se a si mesmo exige risco perpétuo e sacrifício dentro dos relacionamentos. O eu é fenomenal, ou seja, capaz de ser experimentado. Embora a identificação mude de uma sub-personalidade (ou senso de si mesmo) para outra, é possível desenvolver um sentido crescente de que há algo encarnado, coerente, contínuo, integrado e transcendente em jogo dentro de nós, que se sente como um eu. Isso é semelhante ao que Judith Hubback (1998) chama de"auto-experiências “para descrever manifestações do auto-emergente em realidade.

CONCLUSÃO

Neste trabalho buscou-se demostrar que as ações do Eu são propósitos, mas nem sempre experimentadas como benignas. Pode-se pensar sobre individuação como diferentes aspectos introduzidos na infância e vida posterior.

O objetivo geral deste trabalho é apresentar sobre o desenvolvimento de uma criança a nível de individualização. Ele explora a contribuição única de Jung para o nosso pensamento sobre o eu e sua dinâmica de individuação. O autor tenta mostrar como o Eu, em sua busca pela consciência, requer a rendição da inflação do ego, o narcisista reflete a ilusão de que o ego é o eu.

O estudo promove a análise como um processo de individuação. A relação analítica oferece uma oportunidade para o fomento de experiências autênticas de si mesmo que nenhum indivíduo sozinho poderia gerar. É através da experiência de se envolver com algo maior do que a si mesmo que tanto o analista quanto o paciente são capazes de alcançar um senso mais profundo de si mesmo.

Pode-se concluir que, para este processo, é o sacrifício, e em particular, a rendição da ilusão narcisista de que o ego é o eu. Para que a individuação ocorra, o ego deve entrar em serviço do Eu. A tensão dos opostos expressa no impasse é destacada como um aspecto importante da análise como processo de individuação. O estudo ilustra como isso pode evocar a função transcendente que requer riscos a serem tomados para que a análise prossiga.